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autor: Vinícius Antunes

Ao final deste nosso curso Multiplicadores Online espero ter contribuído para despertar alguns debates fundamentais à vida de um Multiplicador do Conhecimento. Faça com que este espaço seja seu: divulgue-o, participe com comentários em cada unidade, entre no nosso grupo e curta nossa página no Facebook. Você pode usar também nosso formspring para fazer a pergunta que quiser sobre a Didática de Multiplicadores

Muito obrigado por participar, sua avaliação é fundamental para o curso.

Escreva-nos na caixa de comentários abaixo o que você achou do nosso curso e sugira novos temas e cursos que você gostaria de ver online. Sua opinião é muito importante para que possamos melhorar sempre.

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autor: Vinícius Antunes

É comum que nos planejemos para momentos importantes das nossas vidas. Antes de viajar, há planejamento. Antes do casamento, há planejamento. Antes de construir nossa casa, há planejamento. Com a ação didática é a mesma coisa: como é um momento importante na vida de docente e discente, nada mais justo do que se planejar.

Durante muito tempo na minha vida vi o planejamento como algo desnecessário e enfadonho. Eu era professor de espanhol, sabia toda a matéria de cabeça e possuía poucas turmas, logo, eu não me planejava (ou achava que não me planejava), entrava na sala e dava a aula naturalmente. O que eu não percebia é que enquanto eu pensava, enquanto eu não estava em sala, enquanto eu descansava, eu estava montando mentalmente a minha aula. Quando fui para o mundo corporativo em que muitos cursos ocorrem em 8 horas seguidas, em que os cursos mudam bastante de um cliente para o outro, eu senti extrema necessidade de seguir um planejamento.

Muitos querem burocratizar demais o planejamento do professor e transformá-lo num guia completo para a aula. Isto se deve porque as empresas são inseguras, elas não confiam nos educadores que entram em sala. Então, querem padronizar as aulas, amarrar a criatividade, garantir uma reprodução em série. Isto é extremamente negativo para a educação, mas as empresas acham que isto garante a qualidade dos cursos.

Sejamos sinceros, um planejamento de um Multiplicador não necessita de nada além disto:

Multiplicador, copie esta tabela para você e use-a sempre que necessário.

Desta forma o Multiplicador poderá se guiar em sala sabendo que tema abordar, a forma como planejou abordá-lo, o material que utilizará e qual a duração média de cada conteúdo. Com o planejamento em mãos, a aula já está pronta na cabeça, basta agora colocar em prática.

Você costuma se planejar no seu dia a dia? Qual a sua maior dificuldade com planejamento? Deixe seu comentário na caixa abaixo.

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autor: Vinícius Antunes

Eu já fiz até um curso de oratória.” Hoje em dia, é comum ouvir esta frase por aí. Com a necessidade de falar cada vez mais para cada vez mais gente, as corporações tem investido em cursos de oratória e na chamada arte de falar em público. Entretanto, se esquece de fazer uma pergunta fundamental: toda oratória é igual? Não! Ou seja, para o multiplicador, não basta ser um bom orador e sim ter uma oratória didática, educacional.

Há famosos cursos de oratória para políticos, advogados, religiosos… Perceba uma coisa: todos eles se baseiam em convencimento, em persuasão, em fazer com que pessoas abandonem um ponto de vista e se juntem ao seu. O político quer adesão à sua causa, o advogado quer adesão ao seu ponto de vista, o religioso quer a conversão à sua crença. À oratória (se é que podemos chamar assim) do professor não lhe interessa este caminho, não visa o convencimento, pelo contrário, visa o questionamento, a dúvida. É uma oratória socrática.

Cabe então, sem querer engaiolar as idéias, deixar 10 dicas para uma boa oratória em sala de aula:

1 – Sempre dialogue e faça perguntas aos seus alunos.

2 – As perguntas devem ser abertas e não fechadas.

Ex.: Pergunta aberta: Por que vocês acham a função do multiplicador importante?

Pergunta fechada: Vocês acham a função do multiplicador importante? (a resposta pode ser apenas SIM ou NÃO.)

3 – Movimente-se pelo ambiente de aprendizagem, se aproxime dos alunos.

4 – Seja claro, esquematize seus pensamentos, organize-se.

5 – Use metáforas, conte histórias, faça ilustrações.

6 – Explore o máximo que você conseguir dos 5 sentidos dos alunos.

7 – Fuja da prolixidade e de falar só para ocupar o tempo.

8 – Valorize também as pausas. Os tempos de intervalo são importantes para os alunos descansarem, trocarem idéias.

9 – Ceda espaço para os alunos. Deixe que eles vão à frente da sala de aula. Troque de lugar com eles, rompa com a hierarquia.

10 – Ria e faça rir. Busque o prazer em sala de aula. O ambiente de aprendizagem deve ser, antes de tudo, um lugar em que se gosta de estar.

Ditas estas palavras, assista ao vídeo de um trecho da aula de Seu Madruga, interpretado por Ramón Valdés, em um episódio do seriado Chaves.

É importante chamar atenção para os seguintes aspectos:

A – O vídeo não trata de uma didática ideal, mas de uma didática criada espontaneamente por uma pessoa com baixa escolaridade (perceba sua dificuldade para pronunciar perigo) que consegue transmitir um conhecimento. Ou seja, com algumas adequações, todos nós somos capazes de ensinar e de sermos professores.

B – Através de um artifício teatral o professor Madruga consegue prender a atenção dos alunos.

C – A temática se relacionada com a vida de qualquer um ali, é um saber significativo.

D – O professor, além da representação dramática, usa recursos como desenho de símbolos no quadro.

E – Ao final, depois da inversão de lugares seu Madruga / professor Girafales, seu Madruga recebe o reconhecimento do professor e seus alunos. Um conteúdo passado em uma linguagem acessível ao público pode ser muito melhor compreendido que um conteúdo dito de forma acadêmica.

Segundo Rubem Alves, se toda a sua filosofia e pedagogia pudesse ser resumida em uma lição, seria a da Caixa de Ferramentas e da Caixa de Brinquedos. Observe as caixas abaixo:

O corpo carrega duas caixas. Na mão direita, mão da destreza e do trabalho, ele leva uma caixa de ferramentas. E na mão esquerda, mão do coração, ele leva uma caixa de brinquedos.
(ALVES, RUBEM. A Caixa de Ferramentas in Educação dos Sentidos).

Caixa de Ferramentas

Caixa de Ferramentas diz respeito ao sentido tradicional da linguagem: comunicar. Preza por ser, antes de tudo, clara e objetiva. É através da linguagem ferramental que podemos pedir um copo d’água, cobrar uma dívida, ensinar um caminho, explicar um exercício. É com esta linguagem que o professor se faz entender e explica os conteúdos para seus alunos.

Ex.:

a) Pedro Álvares Cabral Chegou ao Brasil em 1500 – linguagem ferramental;

b) Para chegar ao mercado siga em frente e dobre na segunda direita – linguagem ferramental.

Caixa de Brinquedos

A Caixa de Brinquedos diz respeito ao sentido poético da linguagem: fazer sonhar. Não se preocupa com a clareza, tampouco com os objetivos, mas, sim, em mexer com o lado sentimental. É através da linguagem ferramental que chegamos ao sonho, ao choro, ao riso. É como esta linguagem que o professor comunga de seus sentimentos com os alunos.

Ex.:

a) Sapo nu tem voz de arauto (Manoel de Barros) – linguagem brinquedo

b) O cadáver é que é o produto final. Nós somos apenas a matéria prima. (Millôr Fernandes) – linguagem brinquedo.

Cabe, ao Multiplicador, dosar a linguagem ferramental e a linguagem brinquedo para que consiga informar sem perder de vista que toda comunicação humana é também linguagem sentimental. Deve saber que as palavras possuem muito mais sentidos do que os que podemos imaginar, pois ganham significados especiais em cada interpretação particular.

O que você achou desta unidade? Você é uma pessoa que tem facilidade para se comunicar? Deixe seu comentário na caixa de resposta abaixo.

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autor: Vinícius Antunes

Cuidado ao mediar, pois estar no meio não é nada simples. Como diz a poesia drummondiana:

No meio do caminho há uma pedra. Há uma pedra no meio do caminho.
(DRUMMOND, No meio do caminho)

O mediador não deve ser um entrave e sim um facilitador. Esta é a postura que se exige dos multiplicadores corporativos, que não sejam meros detentores de conteúdo, mas que sejam aqueles que fazem o saber circular.

A origem disto parece esquecida por alguns, mas está lá em Vygostsky quando fala da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP):

Ela é a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes”
(VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 1998)

Veja a ilustração abaixo:

O mediador corporativo deve ser aquele que possibilita que os colaboradores de uma empresa saiam do seu nível de conhecimento atual e alcancem um nível de conhecimento potencial. Não se pode esquecer que este movimento é infinito. A cada vez que um conhecimento potencial passa a ser um conhecimento atual (real, nas palavras de Vygotsky), um novo conhecimento potencial surge. Afinal, a capacidade de conhecer do ser humano é infinita.

Veja um trecho muito interessante do filme Escola de Rock, 2003,  dirigido por Richard Linklater, disponível no youtube.

Reparou como, através deste exemplo, fica claro o que é a Mediação? Alguns pontos do vídeo podem ser ressaltados.

  • Os alunos já possuíam experiências, saberes e  já tocavam instrumentos.
  • O professor (mediador) interpretado por Jack Black é um observador das potencialidades dos alunos.
  • Após observar, o mediador convida os alunos para um novo saber, aproveitando seus conhecimentos já existentes. Ou seja, o professor não parte do zero.
  • O mediador desafia os alunos, ao mesmo tempo em que os acompanha no aprendizado.
  • E, talvez o mais importante, o mediador sente prazer naquilo que faz, estimulando os outros a sentirem também.

Se você tem mais algum comentário sobre o vídeo ou sobre esta unidade, não deixe de fazê-lo. Para isto, deixe uma mensagem na caixa de Resposta abaixo. Clique em RSS comentários para acompanhar os debates.

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autor: Vinícius Antunes

Quando a Educação passou a habitar cotidianamente as empresas, bateu aquele medo de infantilizar os funcionários. Afinal, e infelizmente, muitos viam o ato de aprender como uma atitude totalmente infantil. Temia-se que, por algum despreparo, os responsáveis pela educação nas empresas adotassem os mesmos métodos que aqueles vigentes em escolas. O meio corporativo fez questão de marcar, mesmo sob algumas críticas, a diferença entre PEDAGOGIA e ANDRAGOGIA.

Voltando no tempo, descobre-se que a palavra PEDAGOGIA vem de paidós (criança) e agogé (condução), ou seja, o pedagogo era aquele que conduzia a criança até o aprendizado. Para tirar esse peso infantil do termo, as corporações preferiram adotar o termo ANDRAGOGIA, pois no lugar do prefixo grego paidós, está o prefixo andrós, que diz respeito ao homem.

Cabe perguntar então: afinal, há ou não uma diferença entre a educação de crianças e a educação de adultos? Como já trabalhei com ambos, faço algumas observações que sempre passam pela minha cabeça quando o tema é este:

Quando adultos são diferentes de crianças:

Dizem que os adultos aprendem diferente das crianças, pois enquanto as crianças são levadas por seus pais para as salas de aula os alunos vão com suas próprias pernas. Enquanto as crianças estão iniciando sua vida, os adultos estão cheios de experiências para compartilhar. As crianças parecem que aprendem por aprender, estão na escola todo dia, aprendem com tudo e com todos, os conteúdos sirvam ou não. Já os adultos, precisam saber os objetivos, as finalidades, saber o porquê daquilo que estão aprendendo.

Quando adultos e crianças são iguais:

Mas será que adultos também não vão obrigados para a sala de aula? Quantas vezes não vimos adultos estudando porque seus chefes mandaram ou porque querem aquela promoção? Se os adultos estão cheios de experiência, e parece que sim, ao mesmo tempo se privam de conhecer coisas novas porque já possuem sua formação e assim acabam parecendo tão rasos, tão crianças. Será mesmo que os adultos sabem o objetivo do que fazem: por que casam? por que trabalham?  por que montam tantas tabelas no Excel? por que gastam tanto dinheiro? por que se estressam? por quê?

E no final, ajustando um parafuso ali, ajeitando outro parafuso aqui, parece que Pedagogia e Andragogia nem são tão diferentes assim.


Que diferenças você percebe entre a Pedagogia e a Andragogia? Há mesmo diferença? Deixe seu comentário na caixa de resposta abaixo.

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autor: Vinícius Antunes

O conhecimento está intimamente ligado ao ser humano.


O que eles possuem são dados, informações.

O conhecimento está nas PESSOAS!

Finalmente, parece que algumas empresas começam a reparar nisto. A origem da formação didática de multiplicadores está aí, por isso, chama-se, também, Multiplicadores do Conhecimento.

Grandes corporações perceberam que com a saída de seus colaboradores, o conhecimento ia junto. Além disto, perceberam que ótimos profissionais retinham o conhecimento para si por não possuírem tempo e oportunidade de compartilhá-lo. Estava aí a necessidade de fazer com que estes profissionais movimentassem o saber pela empresa.

O objetivo da formação didática de multiplicadores do conhecimento é fazer com que profissionais que não possuem uma prática educacional, ganhem uma formação básica de didática e oratória, assim eles são estimulados a se aventurar no mundo da Educação e a pensar os melhores métodos e ferramentas para transmitir os conhecimentos pertinentes ao seu trabalho e ao de seus colegas de profissão.

As diferentes nomenclaturas que pode receber um Instrutor de Treinamento


Perguntas interessantes que alunos me fizeram em sala:

O Multiplicador do Conhecimento é um educador?

Ele é uma pessoa que pensa educação, mas fazer um curso de Didática de Multiplicadores, seja qual for, não o licencia. É sempre importante salientar que o Multiplicador é um educador para o local de trabalho e não nos moldes tradicionais de uma escola.

Se o Multiplicador partilha seus conhecimentos ele não está abrindo mão justamente do que o mantém na empresa?

É comum que muitas pessoas pensem que o Multiplicador será descartado na medida em que passa seus conhecimentos adiante. Uma empresa que adota a função de Multiplicadores do Conhecimento deve alterar sua cultura organizacional e começar a pensar em saberes colaborativos e em novas formas de aprender. Um Multiplicador no lugar de ser descartado, deve ocupar lugar de destaque dentro da empresa, pois é ele quem incentiva a circulação do saber e faz com que novos profissionais se formem e trabalhem de forma inteligente.

 Faça também sua pergunta! Deixe um comentário na caixa de Resposta abaixo. Clique em RSS comentários para acompanhar os debates deste tópico.

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