Feeds:
Posts
Comentários

#Desajuda

Trabalho com revisão e construção de materiais didáticos. Posso dizer que, há tempos, instalou-se na Educação Corporativa o auto-ajudismo. Monges, Executivos, Segredos, Lições, Dicas… em poucas e simplórias páginas, uma síntese mal feita de milênios de filosofia, visando levantar o auto-austral dos calaboradores. Passam-se os anos e continuo vendo gente adoecida, líderes nada servidores, empresas predatórias. Apenas um tipo de pessoa se favoreceu com a auto-ajuda: seus autores. Quando digo autores, digo autores, editoras e todos envolvidos na comercialização de antidepressivos letrais que vem ganhando dinheiro graças à condição humana de escravidão no trabalho, solidão e cobranças exorbitantes. Como toda moda um dia acaba, preparo-me para ganhar dinheiro com o boom da desajuda. Todos fartos de palavras bonitas, chegará a hora de reverter a autoajuda e vomitar o outro lado da moeda.

Vídeo feito por mim com 25 lições para lhe causar depressão e fazê-lo mergulhar na tristeza do viver.

Conto que escrevi no ano de 2007 : O EMPRESÁRIO E O MONGE, CONTO DE DESAJUDA. Clique no link Desajuda

Não sei quanto tempo da nossa vida passamos em reuniões, sei que é bastante. Desde as reuniões do grêmio estudantil às reuniões de condomínio, das reuniões de trabalho à “reuniãozinha que vou fazer lá em casa”. Todas com diferentes propósitos, mas sob um mesmo nome: reunião. Se olharmos bem, ganha um ar quase sacro: re-unir! Unir novamente aqueles que estiveram separados, como se a sina humana fosse viver junto. Então, reunir é colocar-nos novamente na nossa condição natural.

Já trabalhei em empresa que se fazia mais reuniões do que se executava alguma coisa. Já organizei reuniões de amigos. E, agora, penso em reunião escolar, aquelas de pais. Elas são reuniões que nos acompanham a vida toda: quando somos crianças nos preocupamos porque nossos pais estão lá; quando adultos, os pais e professores que estão lá, somos nós.

Lembro que minha mãe sempre dizia: “ai, hoje é dia de reunião, lá vou eu pra nada!” Lembro de amigos professores que diziam: “hoje é dia de aturar os pais!”. Nunca em minha vida escolar ou docente, ouvi alguém elogiar reunião de pais. Mas, ouvi tanta gente criticar, que foi possível fazer um levantamento das principais opiniões negativas sobre este momento de nossas vidas com o intuito de aproveitá-lo para os próprios professores. Ao lado, tracei algumas observações.

Fala dos pais

Observação aos professores

1 – Reunião não serve pra nada;

Cabe ao professor, no princípio da reunião, indicar o objetivo e ao final retomá-lo mostrando que foi atingido.

2 – O professor chama a gente para ouvi-lo falar de outras crianças;

É fundamental que o professor atenda a todos os pais presentes e que não centralize a reunião em apenas alguns deles.

3 – Eles querem cobrar dos pais, mas não fazem o papel deles;

Vale sempre deixar claro quais são os papéis do professor e dos pais e que são complementares, não os deixando sobrepostos.

4 – Tudo é pretexto para aumentar a mensalidade;

Não use reuniões para várias coisas. Reuniões de pais devem falar do tema proposto. Tente sempre ser bem objetivo e assertivo quanto aos temas tratados.

5 – Eles acham que podem falar assim do meu filho?

Tome extremo cuidado ao falar dos alunos, pois eles são filhos dos seus clientes. Coloque-se sempre na condição de pai e pense a melhor maneira de dar notícias, recados e fazer críticas.

Fala dos professores

Observação aos próprios professores

1 – Aqueles pais são muito chatos;

Cabe ao professor fugir de generalizações e buscar conhecer os interesses dos pais, pois os pais mais chatos são os incompreendidos.

2 – Eles acham que eu sou mãe do garoto;

Deixe sempre claro os papéis de professor e pais, sabendo que é comum que em algumas etapas da vida eles se confundam um pouco. Dialogue com os pais, descubra o que esperam do professor e deixe claro sua função na escola.

3 – Eles esquecem que educação se dá em casa;

Muitos pais acabam terceirizando a função de pais para os professores. É verdade também que a educação não se dá apenas em casa, se dá o tempo inteiro, sendo assim, a máxima está equivocada. Cabe ao professor se aproximar dos pais para que possam, conjuntamente, pensar a educação escolar.

4 – Eles só querem falar do que interessa a eles;

Isso não é só um caso dos pais e sim de todos nós. Do que não nos interessa não queremos falar. É importante que o professor torne os assuntos interessantes e mostre a relação que cada assunto tem com o seu cliente.

5 – Tem pai que é cego, não sabe lidar com a crítica.

Críticas devem ser construtivas. Se uma crítica não levará a lugar algum não a faça. A melhor maneira de um pai entender uma crítica é que ela já venha acompanhada de uma solução.

Fica aqui também disponível um modelo para avaliar reuniões de pais:

Modelo de Avaliação de Reunião

A partir das críticas feitas por pais e das falas dos próprios professores, é possível repensar o reunir e a cada nova união fazê-la diferente, sempre aproximando-nos mais dos objetivos, abrindo-nos mais ao diálogo e tornando o tempo em que estamos juntos mais prazeroso, sem desperdiçá-lo. Estes são os primeiros passos para que comecem a cessar as desconfianças e surjam as primeiras palavras elogiosas das bocas de pais e professores.

Vinícius Antunes
Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2011

Não sei quanto tempo da nossa vida passamos em reuniões, sei que é bastante. Desde as reuniões do grêmio estudantil às reuniões de condomínio, das reuniões de trabalho à “reuniãozinha que vou fazer lá em casa”. Todas com diferentes propósitos, mas sob um mesmo nome: reunião. Se olharmos bem, ganha um ar quase sacro: re-unir! Unir novamente aqueles que estiveram separados, como se a sina humana fosse viver junto. Então, reunir é colocar-nos novamente na nossa condição natural.

Já trabalhei em empresa que se fazia mais reuniões do que se executava alguma coisa. Já organizei reuniões de amigos. E, agora, penso em reunião escolar, aquelas de pais. Elas são reuniões que nos acompanham a vida toda: quando somos crianças nos preocupamos porque nossos pais estão lá; quando adultos, os pais e professores que estão lá, somos nós.

Lembro que minha mãe sempre dizia: “ai, hoje é dia de reunião, lá vou eu pra nada!” Lembro de amigos professores que diziam: “hoje é dia de aturar os pais!”. Nunca em minha vida escolar ou docente, ouvi alguém elogiar reunião de pais. Mas, ouvi tanta gente criticar, que foi possível fazer um levantamento das principais opiniões negativas sobre este momento de nossas vidas com o intuito de aproveitá-lo para os próprios professores. Ao lado, tracei algumas observações.

Fala dos pais

Observação aos professores

1 – Reunião não serve pra nada;

Cabe ao professor, no princípio da reunião, indicar o objetivo e ao final retomá-lo mostrando que foi atingido.

2 – O professor chama a gente para ouvi-lo falar de outras crianças;

É fundamental que o professor atenda a todos os pais presentes e que não centralize a reunião em apenas alguns deles.

3 – Eles querem cobrar dos pais, mas não fazem o papel deles;

Vale sempre deixar claro quais são os papéis do professor e dos pais e que são complementares, não os deixando sobrepostos.

4 – Tudo é pretexto para aumentar a mensalidade;

Não use reuniões para várias coisas. Reuniões de pais devem falar do tema proposto. Tente sempre ser bem objetivo e assertivo quanto aos temas tratados.

5 – Eles acham que podem falar assim do meu filho?

Tome extremo cuidado ao falar dos alunos, pois eles são filhos dos seus clientes. Coloque-se sempre na condição de pai e pense a melhor maneira de dar notícias, recados e fazer críticas.

Fala dos professores

Observação aos próprios professores

1 – Aqueles pais são muito chatos;

Cabe ao professor fugir de generalizações e buscar conhecer os interesses dos pais, pois os pais mais chatos são os incompreendidos.

2 – Eles acham que eu sou mãe do garoto;

Deixe sempre claro os papéis de professor e pais, sabendo que é comum que em algumas etapas da vida eles se confundam um pouco. Dialogue com os pais, descubra o que esperam do professor e deixe claro sua função na escola.

3 – Eles esquecem que educação se dá em casa;

Muitos pais acabam terceirizando a função de pais para os professores. É verdade também que a educação não se dá apenas em casa, se dá o tempo inteiro, sendo assim, a máxima está equivocada. Cabe ao professor se aproximar dos pais para que possam, conjuntamente, pensar a educação escolar.

4 – Eles só querem falar do que interessa a eles;

Isso não é só um caso dos pais e sim de todos nós. Do que não nos interessa não queremos falar. É importante que o professor torne os assuntos interessantes e mostre a relação que cada assunto tem com o seu cliente.

5 – Tem pai que é cego, não sabe lidar com a crítica.

Críticas devem ser construtivas. Se uma crítica não levará a lugar algum não a faça. A melhor maneira de um pai entender uma crítica é que ela já venha acompanhada de uma solução.

Fica aqui também disponível um modelo para avaliar reuniões de pais:

https://desensino.files.wordpress.com/2011/11/avaliac3a7c3a3o-de-reunic3a3o.doc

A partir das críticas feitas por pais e das falas dos próprios professores, é possível repensar o reunir e a cada nova união fazê-la diferente, sempre aproximando-nos mais dos objetivos, abrindo-nos mais ao diálogo e tornando o tempo em que estamos juntos mais prazeroso, sem desperdiçá-lo. Estes são os primeiros passos para que comecem a cessar as desconfianças e surjam as primeiras palavras elogiosas das bocas de pais e professores.

VEM AÍ

 Mais informações em: http://saraubrasil.blogspot.com/

Novembro começou com o Fórum de Educação Corporativa 2011, realização da Revista T&D e iniciativa de Adriana Schneider que estimulou a vinda do evento para o Rio de Janeiro. O encontro ocorreu no auditório da Bolsa de Valores  e contou com palestrantes como Marcos Cavalcanti, Andrea Ramal e Stavros Xantopoylos.

O dia começou em grande estilo, o primeiro a falar foi o professor  da Coppe – UFRJ Marcos Cavalcanti, sua exposição nos proporcionou uma reflexão sobre as novas corporações e os recursos tangíveis e intangíveis destas empresas. Com provocações como “O Google vale mais que Petrobras e Vale juntas”, Cavalcanti defendeu o capital intelectual como o grande recurso corporativo. Sua tese veio afirmar que os bens materiais quando passados a outra pessoa, deixam o seu antigo detentor pobre, enquanto isto, os bens intelectuais, quanto mais passados adiante e compartilhados, mais enriquecem o seu transmissor. Em uma entusiasta crítica à sociedade cartesiana e uma defesa ao mundo do conhecimento, Cavalcanti afirmou que não vivemos mais uma Era de Mudança, mas uma mudança de Era. Recomendou ao seu público o filme Para o dia Nascer Feliz e o vídeo As Escolas Matam a Criatividade. Sua palestra foi um discurso contra a mediocridade e um estímulo às paixões e ao talento.

A Pedagoga Andrea Ramal compartilhou com o público 7 hábitos dos processos de T&D altamente eficientes. Sua fala esteve baseada em casos vivenciados por sua empresa ID Projetos Educacionais  em organizações como SHV Gas, Volkswagen, Usiminas, Light, Ambev, Pão de Açúcar. De forma didática, Ramal trouxe sugestões importantes para que as empresas possam entender os principais passos para organizar sua área de Educação Corporativa, passando pelo mapeamento de competências, trilhas técnicas e preocupada com a disseminação das informações através dos multiplicadores do conhecimento. Em sua palestra, defendeu a customização de produtos para melhor atender os clientes e criticou as empresas que sempre oferecem produtos de prateleira, visando apenas fazer o mais cômodo e se distanciando dos reais problemas por oferecer soluções genéricas.

Daniel Castello subiu ao palco duas vezes, foi o responsável por falar diante do tema Uma abordagem estratégica para a Capacitação Profissional e por fazer uma irreverente conclusão do encontro, agrupando os temas mais importantes do dia com alguns questionamentos e opiniões. Em sua fala, defendeu a Educação Corporativa como elemento estratégico, trouxe interessantes cases sobre a realidade da Educação Corporativa italiana e, sob forma de crítica, comparou-a à realidade brasileira, nos levando a uma reflexão sobre nossos erros ao nos organizarmos enquanto nação e por abdicarmos de antever momentos importantes para nosso país. Castello, coerentemente, fez objeções  a Lei 12513  que disse trazer resoluções lentas para nossas necessidades urgentes.

Sob o tema Treinamento ou melhoria de desempenho: o que entregamos? esteve  Fábio Santos Ribeiro, Presidente da ABRH-RJ e Diretor da HPT Consultoria. Em uma fala extremamente organizada e objetiva, o engenheiro Fábio Santos reabilitou o debate que, há muito, os pedagogos deixaram de lado: o behaviorismo. Segundo ele, muito preconceito e formulações conceituais equívocas se têm formulado sobre o tema, mas, na verdade, quando olhado a fundo, o que se tem acostumado a chamar de comportamentalismo, ainda é uma forma séria e muito eficaz de interpretar a educação. O objetivo de sua fala foi levar o público a entender que o objetivo fim da corporação é atingir o melhor desempenho possível, sendo assim, só é necessário pensar Treinamento e Desenvolvimento na medida em que contribuem para esta melhora de desempenho. Não basta treinar por treinar, o treinamento é uma engrenagem importante dentro da corporação e seu melhor indicador é observar se os lucros da empresa aumentaram graças a ele. Indo à raiz do problema, Ribeiro apontou que grande parte do mau desempenho se dá porque as pessoas não sabem o que fazer no local de trabalho, pois as empresas não têm se estruturado a ponto de comunicar aos colaboradores  o seu verdadeiro papel. Com uma fala irônica, o palestrante trouxe os principais mitos sobre o desempenho e os discursos mais caricaturais que permeiam o dia a dia das corporações. Sua palestra estimulou o público a entender que se há uma cultura real de bom desempenho, deve-se valer a pena ser melhor.

Representando a FGV-Online, esteve presente o educador Stavros Xantopoylos que mais uma vez contribuiu com uma concreta defesa da Educação a Distância. Sob o tema O papel da UC na Gestão do Conhecimento das Empresas, sugeriu o fim da nomenclatura Educação a Distância – que passa a idéia de frieza – e defendeu uma Educação Digital que está presente a todo tempo no nosso cotidiano. Para o educador, não pode existir gestão da aprendizagem sem gestão do conhecimento. Ele crê que essa percepção ocorrerá nas organizações na medida em que elas evoluem de simples organizações que treinam para Universidades Corporativas. Para ele, o Brasil está no mesmo nível dos outros países no que se diz respeito à qualificação para o mercado. Toda a juventude mundial parece despreparada diante do mercado, a vantagem que alguns países têm sobre o Brasil é que, neles, a Educação Digital já é vista como diferencial profissional, enquanto nós ainda a discriminamos muito.  No futuro, cada vez mais estaremos familiarizados com os meios digitais e, assim, terá mais força o que Xantopoylos chama de cidadania digital, composta por nativos digitais (aqueles que nascem diante do computador) e os imigrantes digitais (aqueles que não nasceram diante do computador, mas, atualmente, vivem diante dele). Desta forma, não devemos esperar por mais uma revolução da internet, mas por habitarmos uma nova dimensão de comunicação em um ciberespaço.

Por último, o evento contou com a participação do Senac Rio que trouxe o tema O Perfil Profissional do Séc. XXI: ampliando o olhar sobre mapeamento de competências focado na Inovação. Após uma contextualização da contemporaneidade, a equipe do Senac apresentou possíveis características do que é inovação e falou um pouco sobre suas soluções corporativas, mostrou-se também preocupada com o apagão de líderes, matéria veiculada pelo caderno Boa Chance de O Globo. Sem o diálogo com cases reais, a inovação ficou em um plano teórico sem devidas concretizações. Talvez, se experimentasse a aplicação desse processo internamente, a análise poderia ser mais pautada em experiência e menos abstrata.

Após um dia repleto de encontros, informações e debates, o Fórum de Educação Corporativa 2011 deixou muitas lições e a perspectiva de ampliação do projeto para 2012, até porque o Rio de Janeiro tem se acostumado a acolher eventos importantes e aparece como uma das cidades mais importantes no cenário mundial.

Vinícius Antunes
Rio de Janeiro, 2 de novembro de 2011.


Dênis Drago, consultor associado da MegaMind Educação Corporativa, esteve no 9º Encontro dos Profissionais de Recursos Humanos dos Fundos de Pensão, no dia 28 de outubro de 2011, falando sobre Gestão por Competências. Com a didática e a destreza que são peculiares a um grande pedagogo, ele falou por cerca de meia hora sobre um grande tema que tem sido rotineiro no meio corporativo e conseguiu condensar de forma simples e palatável os mais importantes tópicos desta temática em um tempo curto de minutos e extenso de aprendizado.

As primeiras palavras de Dênis Drago serviram para mapear o atual cenário corporativo: a individualização, a busca por autonomia e reconhecimento, a ascensão do que se tem chamado de geração Y e as crescentes expectativas dos empregadores que buscam por profissionais ideais que saibam agir, mobilizar, delegar, possam aprender, queiram se engajar, tenham visão estratégica e assumam responsabilidades.

Logo após contextualizar o público, coube ao pedagogo buscar definições para o conceito de competências. Pautado em vasta bibliografia em que formavam parte nomes como A. Rodrigues, S. Deutsch, Cardoso, Alvarez, Caulliraux, Nokata e Freury organizou, didaticamente, as seguintes definições:

Competência = CHA = Conhecimento + Habilidade + Atitude

Conhecimento (C): fim do processo de interpretação, traduzido pelas instituições em diplomas, experiência, avaliação de conteúdos.

Habilidade (H): É o saber fazer, independente de estudo prévio. Na empresa é medido pela capacidade de realizar tarefas.

Atitude (A): Conjunto das crenças, sentimentos e tendências comportamentais dos sujeitos frente a um determinado objeto social. Pode ser modificada com o passar do tempo, conforme as experiências adquiridas pelo indivíduo.

Definido o que é competências, coube definir Gestão por Competências.

GESTÃO POR COMPETÊNCIAS = avaliar as pessoas pela sua competência, e não pelos seus títulos ou tempo de trabalho; levar em consideração suas limitações e estimular o aprendizado; gerir o capital humano com foco nos resultados esperados pela empresa.

A partir destes conceitos fundamentais, Dênis Drago passou a explicar quais as vantagens e problemas de uma empresa ao trabalhar com Gestão por Competências:

VANTAGENS

  • Avaliação da pessoa pelo que ela produz para a empresa
  • Poder de construção da avaliação com base no que as pessoas realmente precisam fazer
  • Maior facilidade em identificar problemas na capacitação da equipe
  • Gerir o capital humano com foco nos resultados esperados pela empresa

PROBLEMAS

  • Como o tema é recente há metodologias de implantação que ainda não foram suficientemente testadas
  • Dificuldade de implantação em instituições com funcionários resistentes
  • Necessidade de aprovação do plano de remuneração junto aos Sindicatos e reconhecimento do MT
  • Resultado a longo prazo (geralmente após 3º ciclo)

Porém, aplicar a Gestão por Competências não é algo fácil e não acontece do dia para noite. Hoje em dia, muitas empresas dizem trabalhar por competências, mas sequer conhecem o capital intelectual que possuem. Por isso, Dênis Drago sugere, para fins didáticos, um passo a passo a ser checado caso sua empresa queira seguir pelo caminho deste novo (já não tão novo assim) modelo de gestão.

Ao final de sua apresentação, Dênis Drago pontuou as vantagens de se fazer uma Gestão por Competências em uma corporação. Segundo ele, uma eficaz implantação desse modelo de gestão gerará:

  • Comprometimento da Direção no processo de avaliação
  • Avaliação dos colaboradores acontece com base nos objetivos estratégicos da empresa
  • Tomada de decisões com base nos resultados trazidos por cada colaborador
  • Oportunidade de avaliar a capacidade de transformar a experiência profissional e o estudo prévio em resultados
  • Otimização dos investimentos em capacitação
  • Seleção com base em competências

Os interessados em implantar um modelo de Gestão por Competências podem entrar em contato com Dênis Drago pelo seu blog: http://denisdrago.com, ou com a Empresa mais confiável do mercado para este trabalho, a MegaMind, ou, ainda, fazer contato direto com o autor deste texto deixando um comentário ou pelo e-mail desensino@gmail.com.

Vinícius Antunes
Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2011

                Na teoria é bem fácil: o rei chega à sacada, vê o imenso público, dedo enriste, faz seu discurso efervescente e todos, felizes, prostram-se; o bobo chega diante do rei, faz seus mais engraçados gestos, conta suas melhores piadas e a majestade lhe retribui com a mais sincera das gargalhadas. Porém, na prática, nem sempre é assim, o rei pode temer seu público mais do que teme a degola e o bobo pode temer falar mais do que teme seu rei.

                O filme O Discurso do Rei, ganhador do Oscar de Melhor Filme de 2010, traz justamente esta temática: um rei cujo seu maior problema não é liderar exércitos, conduzir um povo, exercer diplomacia, mas, sim, discursar. Este problema o leva ao encontro de Lionel Logue, conhecido por usar métodos pouco ortodoxos no tratamento da gagueira. O que se chama de pouco ortodoxo no filme é o método teatral. Ao invés de perder horas com fonoaudiologia, com métodos científicos, Lionel, admirador de Shakespeare, convida o rei para realizar exercícios de teatro.

                Hoje em dia, o mercado de trabalho tem exigido multifunções de seus funcionários. Cada vez há menos espaço para quem só fica atrás da mesa do escritório. A lógica “todo mundo ensina a todo mundo” tem exigido que profissionais deixem de ser apenas técnicos para se tornarem também docentes. Com isto, uma série de cursos, workshops e soluções milagrosas surgem para fazer de todo mundo palestrante. Conferências com psicólogos, consultas a fonoaudiólogos, aconselhamentos com gurus espirituais prometem resultados espetaculares, porém, é sempre importante lembrar, que desde que o humano é humano, existe uma técnica para isto chamada representação.

                É no teatro que o homem observa a si mesmo e toma consciência de quem é, podendo, através desta observação, mudar sua forma de agir (BOAL, Arco-íris do desejo). Afinal, falar bem em público não é apenas salivar gritando diante de uma platéia como fazia Hitler; não é apenas arrancar gargalhadas como faz um comediante de stand-up; não é apenas emocionar o público como um pastor pentecostal. Falar bem em público, como a própria expressão diz, é, antes de tudo, saber quem é o público. Para isto, a oratória possui diversas modalidades: pode ser sacra, jurídica, política, pedagógica… Nem sempre um ótimo pastor falará bem numa sala de aula, nem sempre um advogado falará bem para uma igreja. O teatro agrega à oratória compreensões fundamentais: entender que papéis estão em jogo e em que cenário ocorre o espetáculo.

                O que pouca gente, entretanto, valoriza e presta atenção, é que todas as oratórias, saiam da boca do padre, do advogado, do prefeito ou do professor, são baseadas em convencimento. Muita gente tem buscado usar técnicas de falar em público para consolidar seu poder de persuasão e fazer com que suas idéias predominem através da razão. O teatro fornece o diferencial que extrapola a razão de todas as oratórias, afinal, é, o teatro, arte e seu convencimento não se dará só no plano na lógica, mas, também na beleza do discurso, no encantamento das idéias e, contra isto, não há o que se possa falar, pois o teatro pode fazer do bobo rei e do rei bobo.


Trailer do filme O Discurso do Rei

Vinícius Antunes
Rio de Janeiro, 13 de outubro de 2011.


Nunca conheci quem tivesse levado porrada na vida.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo
.
(Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa. Poema em Linha Reta)

Há um tempo frequento as rodas de reuniões de negócios, os cafés expressos com senhores de paletó, há um tempo seleciono candidatos para vagas que parecem ficcionais, há um tempo formo educadores que sonham virar Paulo Freire, há um tempo tenho observado a inquisição empresarial e tenho sido queimado em fogueiras corporativas. Deveria ser isto que me habilita a escrever este texto, mas antes disto, me habilita o acaso de ter nascido humano.

Se é verdade o que ensina o ditado popular “é errando que se aprende”, imagino que em um bom currículo deveria constar nossos equívocos, pois quanto mais erros, mais teríamos aprendido. Porém, quem contrataria o Pedro que faliu sua empresa, a Joana que apagou todos os arquivos do cliente, o Gustavo que foi demitido por faltas? Provavelmente ninguém, mas com certeza Pedro, Joana e Gustavo estão hoje em alguma organização escondendo esses seus segredinhos.

Errar, por mais banal que seja o erro, tem se tornado inaceitável. Não era justamente o erro que nos fazia de carne e osso? O “eu” tornou-se um produto. E quem compra produtos com defeito? A maior prova disto é o surgimento do marketing pessoal, ou, como prefiro chamar, EGOmarketing, o marketing do eu. Relendo Kotler e Armstrong, digo que nada mais é do que a criação de um processo social e gerencial através do qual sua personalidade é moldada enquanto produto para que possa conseguir em troca o que necessita ou deseja. E, provavelmente, se você é humano como eu, o que necessita ou deseja, atualmente, é prazer e estabilidade que, certamente, serão alcançados com dinheiro.

Assim, vaga pelas ruas uma legião de robôs cujo maior defeito permitido é o perfeccionismo. Compartilham nas salas de reunião as mesmas histórias, estão sempre imersos em muito trabalho, dizem sair sempre muito tarde de seus empregos, seus clientes são sempre burros e seus fornecedores pouco criativos. Seus currículos são invejáveis, dominam sempre multifuncionais termos em inglês e falam bem de si, falam muito bem de si, não que lhes falte modéstia, obviamente, mas como deixar de falar de alguém tão interessante?

As vagas de emprego para estes que fazem o marketing em linha reta são muitas. Basta ter muitos anos de experiência, dominar alguns bons idiomas sem sotaques sensualizados, ter liderado equipes, gerido pessoas, saber de finanças, ser atualizado, muito atualizado, atualizadíssimo! Enquanto isto eu e talvez você, leitor, vamos ocupando estas vagas que restam aos humanos, aqueles que levam porrada na vida.

Vinícius Antunes

Rio de Janeiro, 13 de outubro de 2011

Rio de Janeiro. Terça-feira. 4 de outubro. Segui pela Rio Branco e dobrei na Presidente Wilson. Achei a IBMEC e cliquei no check in do foursquare… conexão não disponível. A IBMEC usa um proxy que meu smartphone não curtiu. O nome do evento, ao menos pra mim, perdeu o sentido. Alê Félix, a palestrante, entra na sala de bate-papo. Nos últimos tempos nunca havia estado tão ausente virtualmente de um evento e tão presente fisicamente. Alê fala com a singeleza de blogueira, com o descompromisso de um tweet, com a alegria de status de manhã no facebook. Começou contando seu passeio pelo street view da vida, falou da sua gênese na internet, dos seus tropeços e do recomeço, passando pelo jogo do eu, pelo contato com Rosana Hermann, pela descoberta de figuras como André Dahmer, Marco Aurélio, Daniela Macedo. Citou exemplos e casos de sucesso da internet com a alegria de uma espectadora, como se não fosse ela mesma um casão de sucesso vide “Muita calma nessa hora” e “Cilada.com”. Acabou o evento e eu entendi aquele empoeirado ditado que falava minha avó: só acaba quando termina. Alê continuou e o publico ficou, mais dez, mais vinte, mais trinta, mais quarenta minutos, carinhosamente respondendo a todo tipo de perguntas, aos que ainda têm medo da internet, aos que parecem se frustrar com o sucesso que não vem, aos curiosos e apaixonados pela grande teia que apelidamos web. Alê aproveitou para subir na prancha dos participantes e surfar pelo futuro, defender conscientemente o movimento hacker, debater sobre censura e ser adorável apologeta da superexposição, mostrando seu lado mais saboroso. Até que a palestra pela segunda vez acabou. Mas Alê é itinerante, está em blog, twitter, facebook e está nas novas ideias da internet, pois no mundo virtual tudo parece ter um pouquinho de Alê, um sabor de licor de marula com flocos de milho açucarados.

Rápido como um tweet, o evento acabou. Pela última vez fizemos check in no #SMWRIO 2011. Um último dia nem melhor, nem pior: mais doritos, mais debates, mais erros na organização e mais aprendizado.

Os infinitos Doritos e Ruffles do #SMWRIO que foram jantar da galera nos últimos 2 dias. Foto de @emanoelleoname

Vamos, como me acostumei a fazer, mesa por mesa:

Mesa 1:
Título Oficial: Comunidades Reais
Meu Título: Favelado só usa Orkut ou eu sou mesmo preconceituoso?

Participantes:
Mayra Jucá (Viva Favela)
Rodrigo Nogueira
 (Martinica Digital)
Karine Mueller (Imaginário Digital)

Primeira mesa do último dia de evento

O debate não começou muito quente, Mayra Jucá falou do projeto Viva Favela, Rodrigo Nogueira destacou as ações colaborativas nas construções de redes virtuais em favelas, abordou a web cidadania e Karine Muller tocou na importância de mesclar morro e asfalto, defendendo que não pode haver um tipo de cinema pro morro e outro pras ruas, afinal cinema é cinema.

Feitas as primeiras colocações, o debate esquentou. Chegamos então ao difícil dilema: há diferença entre os chamados favelados e os engomadinhos? Por um lado sim, uns têm dificuldades pra comprar seus bens de consumo, outros não. As roupas podem ser um pouco diferentes, mas a adolescência não é comum a ambos? Não vão ficar velhos os dois? Pois é com esses pontos de convergência e divergência que as diferentes classes sociais habitam a rede. Sendo que, no mundo virtual, o lugar que você mora, talvez pouco importe. E há aqueles que usam pejorativamente o termo orkutização… mas não é a democratização do acesso que tanto se sonhou? E agora é essa mesma elite moderna e democrática que zomba das fotos, das músicas e dos clipes upados por uma chamada classe C. E assim surgem fenômenos com o Vitinho Avassalador, ao mesmo tempo um herói, pobre que se destacou entre tantas celebridades mauricinhas, e um vilão, o bizarro que só serve para provocar risos nos outros, a continuação do papel de bobo da corte para as camadas mais pobres da população.

Mesa 2:
Título Oficial: O Estado e as Mídias Sociais
Meu título: O APP da Prefeitura é legal, o Siga Social é legal, mas legalzão mesmo é doar sangue

Pedro Perácio (Prefeitura do Rio)
Arthur Jacob (SIGA Social)
Marcos Araújo(HEMORIO)
Beto Largman (O Globo) como moderador.

Foi uma mesa crescente. Não em qualidade, mas em empolgação do público ao ouvir as novidades.

Primeiro falou Pedro Perácio. Destaque para o aplicativo 1746 que permite interação com a prefeitura. Você está na rua, um buraco lhe perturbou, você tira a foto e manda direto para o e-mail pessoal do nosso amado Eduardo Paes (ok, exagerei). O público diante das novidades: Óóóóóó! E foi um tal de todo mundo do evento postar no twitter sobre o aplicativo 1746. Espero que ajude, pois até hoje só 1500 pessoas fizeram uso dele.

Depois veio o moleque Arthur Jacob, tão novo que ainda nem deve ter sido desmamado. Apresentou sua grande sacada: o Siga Social. Ou seja, pegou a idéia do infernal programa da UFRJ e criou uma rede social universitária para que as pessoas possam trocar dicas sobre professores, turmas e por aí vai. O pessoal gostou e exclamou um óóóó diante da novidade.

Foi aí que surgiu o Marcos Araújo que levou o público a uma histeria de nobreza de coração, como se fossem cosplays da cruz vermelha. O tema é realmente de grande relevância: como as redes sociais tem estimulado a doação de sangue. Segundo números apresentados, um mero tweet, convocando pessoas para doar por uma causa específica, pode levar mais de mil doadores ao hemorrio! Incrível. Perderam a grande oportunidade de coletar sangue do público que se mostrou muito empolgado com a palestra, mas que deveria estar com o colesterol lá em cima depois de tanta ruffles e doritos.

Mesa 3:
Título Oficial: Ponte Aérea – smw/rio+sp
Meu Título: Ponte Aérea – smw/rio+sp (era TAM, o avião caiu!)

Vinícius (Frog)
Beto Largman (O Globo)
Pedro Dória (O Globo)

Os pessimistas e céticos já diziam: EU JÁ SABIA! O fato é que a conexão não foi estabelecida. Ponte Aérea feita com TAM dá nisso. Ficamos então com o debate entre Pedro Dória e Vinícius do Frog. O Pedro Dória falou tanto e cortou tanto o meu xará que nem o sobrenome dele consegui descobrir, pobre rapaz, espero que tenha uma chance com alguém mais cavalheiro no próximo SMWRIO!

Falou-se, nesta última mesa de último dia, sobre o jornalismo na web. Doria considera que hoje em dia o texto, se for de qualidade, não precisa ser mais tão curtinho. Exemplificou com o G1 que só lançava texto de dois parágrafos e que hoje em dia é o site de notícias mais lido do Brasil mesmo tendo vários textos longos.

Depois disso, divagou-se sobre os gênios da tecnologia, sobre o futuro dos tablets… o tempo foi passando, o público foi vazando e, por fim, terminaram os debatedores e mais meia dúzia de gatos pingados, dentre eles: eu.

Breves considerações finais de mim para mim mesmo

Caro @cacofonias, veja que coisa incrível: ocorrer um evento desses no Rio de Janeiro… tudo sobre Mídias Sociais ocorre em São Paulo. E, veja só, o Social Media Week é o maior evento do mundo… que grande oportunidade! (e foi mesmo!).

Mas caro @cacofonias, uma coisa me chama atenção: se o evento é de Redes Sociais, por que dar tanto mole? Não se conseguiu estabelecer uma conexão Rio-São Paulo, não se conseguiu centralizar a hashtag do twitter, o público não lotou o evento… e olha que eles são os entendidos em mídias sociais e veja que eles estavam falando justamente de tudo isso.

Sinceramente, @cacofonias, acho que faltou a parte analógica. Faltou alguém pra avisar:

– Pessoal, tal, tal e tal participantes não virão por isso e isso. Desculpa.

– Galera, a hashtag do evento é tal (afinal, deixar no projetor só enquanto o auditório está vazio não adianta)

– Faltou alguém lá na frente dizendo: mandem suas perguntas para o twitter @smwrio.

Mas valeu, @cacofonias. Foi um ótimo evento que tem muito a melhorar para os próximos anos. Para que os cariocas cheguem mais, basta que se faça um evento com um pouco mais de jeito do Rio, com mais intimismo, com mais cuidado, com mais descontração… faltaram carioquismos além dos atrasos. Mas, mesmo assim, valeu muito. Valeu, #SMWRIO!

Vinícius Antunes, deseducador. @cacofonias
Rio de Janeiro, 23 de setembro de 2011

Antes do show começar! Foto da jornalista @pathaddad

De olho nas palestras, de olho no twitter

Pelo segundo dia, a @gamafilho recebeu o #smwRIO.  As apresentações foram em um novo auditório: menos solene, mais intimista. Faltou microfone, mas ninguém percebeu. Com a sala menor, foi tranquilo ouvir os palestrantes e as participações ocorreram com a naturalidade de uma sala de aula. O segundo dia superou o primeiro em regularidade, tanto que o público ficou até o final e demonstrou gostar.

Logo na entrada, batatinhas Ruffles e Doritos pra todo mundo. Tinha tanto biscoito que teve gente fazendo estoque e, com certeza, neste exato momento, está descolando uma grana revendendo no Japeri/Central.

O Wifi funcionou nos conformes. Porém, como alertou a @thysajackes o público ainda estava perdido entre as hashtags #smwRIO e #smwRJ. O problema foi que o evento lançou para São Paulo a hashtag #smwSP e para o rio #smwRIO. Mas, na equivalência e pela força da comparação, a galera do Rio foi muito pelo RJ mesmo…. O ideal seria que, projetada ao lado da senha do Wifi, estivesse a hashtag oficial do evento, assim melhoraria a comunicação entre os participantes e aumentaria as possibilidades de alcançar os TTs cariocas.

Ainda falando de Twitter, a palestra mais tweetada foi a do Pablo Peixoto que arrebentou no humor com conteúdo, daquele difícil de fazer, e que deu um ar de descontração que faltava ao evento. Bom, já que entramos nos temas das mesas, vamos uma por uma:

Mesa, sem mesa, 1:
Título Oficial: Os próximos 5 anos do Rio
Meu título: Os últimos 5 anos do Rio e como o foursquare é legal

Participantes:
Leandro Maia (Spoleto)
Ana Erthal (ESPM/RJ) como moderadora

O debate:
Não sei o motivo, mas faltaram três pessoas na mesa 1. Fica a observação da @pathaddad no twitter: “Pq tantos palestrantes deixaram de participar ontem? Acho que faltou esta explicação“. Por mim, sem problemas, pois @leandrosamaia levou muito bem o papo com a moderadora @anaerthal.

A pergunta inicial definiu o ritmo: o que estávamos fazendo há 5 anos, imaginávamos tudo que ocorre hoje? Mal lembramos e não imaginávamos! Sendo assim, impossível prever os próximos 5 anos.

Enquanto o Leandro Maia falava do @spoleto, nós comíamos Ruffles imaginando ser um delicioso macarrão. Viva a força da imaginação. O ápice da apresentação ficou por conta de sabermos como a rede de restaurantes tem usado o foursquare, dando pratos de graça todas as sextas para os seus prefeitos. Mas, aí vem a sábia pergunta: E se o cara burla o jogo?, afinal, no foursquare você não precisa estar no local para fazer check in. Leandro Maia tem a resposta na ponta da língua:  Você não faz check in em um lugar que não quer divulgar e, além disso, há o policiamento dos amigos. Se você acha a campanha legal e bem sacada, não ache que é simples. Todos os funcionários devem saber o que é o foursquare e estar treinados para lidar com o prefeito e os espertinhos que tentam dar um golpe de estado. Feito isto, ponto pro @spoleto e para as franquias que aumentaram em  3% suas vendas após a ação.

Mesa, sem mesa e cadeiras, 2:
Título Oficial: 10 coisas para enganar o cliente
Meu Título: 10 coisas para enganar o cliente

Participante:
Pablo Peixoto (Pérolas para Porcos+Qu4trocoisas).

Canetinha laser é o cacete, Pablo Peixoto ataca com sua espada Jedi! Foto da Designer Instrucional @emanoelleoname

Se o clima estava com um ar de engravatamento, Pablo Peixoto desfez o nó da gravata. Com uma mescla dificílima de humor e conteúdo, sem ser piegas, clichezento ou moralista, ele deu um show. 10 coisas para enganar o cliente nem entrou diretamente no tema das novas mídias sociais, mas disse muito a respeito das relações profissionais que são, também, foco dessas novas mídias.

Para quem perdeu, anote aí as 10 formas de enganar o cliente, com exemplos que me vieram a cabeça, segundo o evangelho de Pablo Peixoto:

1 – Faça um Power Point:
Todo cliente quer ver uma apresentação em PPT, mostra seriedade, faça isso.

2 – Arredonde a seu favor:
Se são 7, fale quase 10. Se são 200, centenas. Se são 2 mil, milhares…

3 – Termine seu texto com 3 palavras:
a)    Esta proposta visa a inteligência, a dinâmica e a pró-atividade.
b)    Objetivamos fazer com eficiência, eficácia e tecnologia.

4 – Invente estatísticas:
a)    90% das pessoas que costumam clicar em curtir realmente curtem os conteúdos
b)    77,7% dos jogos de computador possuem um desenvolvedor brasileiro na equipe.

5 – Neologismos
Capriche nas novas expressões, principalmente em inglês, estilo outdoor. Mas, tome nota: neologismos em inglês denotam eficiência, em francês preço caro.

6 – Arrume o cenário
Hoje não se buscam espaços tradicionais. A boa empresa deve ter pessoas que vestem saia e botas cano-alto. O ambiente deve ter mesas de sinuca e bebedouros de coca-cola. Faça seu cliente sonhar como se estivesse no Castelo da Cinderela da Disney.

7 – Porcentagens salvam
Sua campanha de marketing gerou apenas 4 novos seguidores no twitter. Porém, veja pelo lado positivo, quando ela começou, só havia 1 seguidor. Ou seja, cresceu 400%.

8 – Use eufemismos
Nunca diga para o cliente que deu merda no projeto, suavize. Diga que está em um estágio de reconstrução e repensamento cultural sobre as novas posturas organizacionais.

9 – Atendimento gostosas
Quem olha peitos não vê números. Se as fornecedoras forem bôuas, que importa o resto?

10 – Não seja criativo
Clientes querem fazer sempre a mesma coisa. Não o assuste, siga as suas regras do jogo.

Mesa, desmesada, 3
Título oficial: Pt-br vs Eng
Meu título: Não importa a língua que você faça, se for um sucesso, os chineses vão roubar

Participante:

Fábio Giolito (We Heart It)

O moleque tímido que mais parece saído de uma banda de modinha de internet tem sites com milhares de seguidores como o We Heart It e o Lista Amiga e foi ao #smwRio compartilhar um pouco de suas experiências internéticas. Se a proposta era falar sobre o inglês e o português, a resposta ficou bem clara: faça o site na língua do seu público. Bom, já dizia o filósofo Wittgeinstein “os limites da minha linguagem denotam os limites de meu mundo” como só falo português e espanhol, meu público está aí.

Impressionante é o fato de os chineses (ah, os chineses!) fazerem uma versão made in china do site de Fábio Giolito, dê uma espreitada e veja o que acha: http://weheartit.com/ (original) http://www.topit.me/ (made in china) SENSACIONAL OU REVOLTANTE?

Mesa (pra que mesa?) 4:
Título Oficial: Na frente
Meu Título: Quando faltar palestrante, chame o Eduardo Jacome.

Participantes:
Edson Mackeenzy (Videolog)
Eduardo Jacome (Global Sport Network)
Ana Erthal (ESPM/RJ) como moderadora.

Tá aí a última mesa. Na esquerda Videolog, no meio moderadora e na direita AÊ! Essa foto embaçada é minha mesmo, é que sou míope..

Quem achou que a mesa 4 fosse ficar muito aquém porque faltaram 3 palestrantes, eis que é convidado para a mesa o Eduardo Jacome que roubou a cena e deu um show de simpatia. Ao seu lado estava Edson Mackeenzy  do videolog e na mediação Ana Erthal . Com um papo informal, foram pensadas as relações com os clientes das redes sociais e como reforçar a marca diante deles. Como casos de estudo estavam o novo site de esportes AÊ  e o Videolog, que sofre por ser confundido com o youtube.

Findadas as mesas, o saldo do dia foi extremamente positivo. Quinta-feira tem mais e infelizmente será só.

Vinícius Antunes, deseducador. @cacofonias

Rio de Janeiro, 22 de setembro de 2011