Antes do show começar! Foto da jornalista @pathaddad
De olho nas palestras, de olho no twitter
Pelo segundo dia, a @gamafilho recebeu o #smwRIO. As apresentações foram em um novo auditório: menos solene, mais intimista. Faltou microfone, mas ninguém percebeu. Com a sala menor, foi tranquilo ouvir os palestrantes e as participações ocorreram com a naturalidade de uma sala de aula. O segundo dia superou o primeiro em regularidade, tanto que o público ficou até o final e demonstrou gostar.
Logo na entrada, batatinhas Ruffles e Doritos pra todo mundo. Tinha tanto biscoito que teve gente fazendo estoque e, com certeza, neste exato momento, está descolando uma grana revendendo no Japeri/Central.
O Wifi funcionou nos conformes. Porém, como alertou a @thysajackes o público ainda estava perdido entre as hashtags #smwRIO e #smwRJ. O problema foi que o evento lançou para São Paulo a hashtag #smwSP e para o rio #smwRIO. Mas, na equivalência e pela força da comparação, a galera do Rio foi muito pelo RJ mesmo…. O ideal seria que, projetada ao lado da senha do Wifi, estivesse a hashtag oficial do evento, assim melhoraria a comunicação entre os participantes e aumentaria as possibilidades de alcançar os TTs cariocas.
Ainda falando de Twitter, a palestra mais tweetada foi a do Pablo Peixoto que arrebentou no humor com conteúdo, daquele difícil de fazer, e que deu um ar de descontração que faltava ao evento. Bom, já que entramos nos temas das mesas, vamos uma por uma:
Mesa, sem mesa, 1:
Título Oficial: Os próximos 5 anos do Rio
Meu título: Os últimos 5 anos do Rio e como o foursquare é legal
Participantes:
Leandro Maia (Spoleto)
Ana Erthal (ESPM/RJ) como moderadora
O debate:
Não sei o motivo, mas faltaram três pessoas na mesa 1. Fica a observação da @pathaddad no twitter: “Pq tantos palestrantes deixaram de participar ontem? Acho que faltou esta explicação“. Por mim, sem problemas, pois @leandrosamaia levou muito bem o papo com a moderadora @anaerthal.
A pergunta inicial definiu o ritmo: o que estávamos fazendo há 5 anos, imaginávamos tudo que ocorre hoje? Mal lembramos e não imaginávamos! Sendo assim, impossível prever os próximos 5 anos.
Enquanto o Leandro Maia falava do @spoleto, nós comíamos Ruffles imaginando ser um delicioso macarrão. Viva a força da imaginação. O ápice da apresentação ficou por conta de sabermos como a rede de restaurantes tem usado o foursquare, dando pratos de graça todas as sextas para os seus prefeitos. Mas, aí vem a sábia pergunta: E se o cara burla o jogo?, afinal, no foursquare você não precisa estar no local para fazer check in. Leandro Maia tem a resposta na ponta da língua: Você não faz check in em um lugar que não quer divulgar e, além disso, há o policiamento dos amigos. Se você acha a campanha legal e bem sacada, não ache que é simples. Todos os funcionários devem saber o que é o foursquare e estar treinados para lidar com o prefeito e os espertinhos que tentam dar um golpe de estado. Feito isto, ponto pro @spoleto e para as franquias que aumentaram em 3% suas vendas após a ação.
Mesa, sem mesa e cadeiras, 2:
Título Oficial: 10 coisas para enganar o cliente
Meu Título: 10 coisas para enganar o cliente
Participante:
Pablo Peixoto (Pérolas para Porcos+Qu4trocoisas).
Canetinha laser é o cacete, Pablo Peixoto ataca com sua espada Jedi! Foto da Designer Instrucional @emanoelleoname
Se o clima estava com um ar de engravatamento, Pablo Peixoto desfez o nó da gravata. Com uma mescla dificílima de humor e conteúdo, sem ser piegas, clichezento ou moralista, ele deu um show. 10 coisas para enganar o cliente nem entrou diretamente no tema das novas mídias sociais, mas disse muito a respeito das relações profissionais que são, também, foco dessas novas mídias.
Para quem perdeu, anote aí as 10 formas de enganar o cliente, com exemplos que me vieram a cabeça, segundo o evangelho de Pablo Peixoto:
1 – Faça um Power Point:
Todo cliente quer ver uma apresentação em PPT, mostra seriedade, faça isso.
2 – Arredonde a seu favor:
Se são 7, fale quase 10. Se são 200, centenas. Se são 2 mil, milhares…
3 – Termine seu texto com 3 palavras:
a) Esta proposta visa a inteligência, a dinâmica e a pró-atividade.
b) Objetivamos fazer com eficiência, eficácia e tecnologia.
4 – Invente estatísticas:
a) 90% das pessoas que costumam clicar em curtir realmente curtem os conteúdos
b) 77,7% dos jogos de computador possuem um desenvolvedor brasileiro na equipe.
5 – Neologismos
Capriche nas novas expressões, principalmente em inglês, estilo outdoor. Mas, tome nota: neologismos em inglês denotam eficiência, em francês preço caro.
6 – Arrume o cenário
Hoje não se buscam espaços tradicionais. A boa empresa deve ter pessoas que vestem saia e botas cano-alto. O ambiente deve ter mesas de sinuca e bebedouros de coca-cola. Faça seu cliente sonhar como se estivesse no Castelo da Cinderela da Disney.
7 – Porcentagens salvam
Sua campanha de marketing gerou apenas 4 novos seguidores no twitter. Porém, veja pelo lado positivo, quando ela começou, só havia 1 seguidor. Ou seja, cresceu 400%.
8 – Use eufemismos
Nunca diga para o cliente que deu merda no projeto, suavize. Diga que está em um estágio de reconstrução e repensamento cultural sobre as novas posturas organizacionais.
9 – Atendimento gostosas
Quem olha peitos não vê números. Se as fornecedoras forem bôuas, que importa o resto?
10 – Não seja criativo
Clientes querem fazer sempre a mesma coisa. Não o assuste, siga as suas regras do jogo.
Mesa, desmesada, 3
Título oficial: Pt-br vs Eng
Meu título: Não importa a língua que você faça, se for um sucesso, os chineses vão roubar
Participante:
Fábio Giolito (We Heart It)
O moleque tímido que mais parece saído de uma banda de modinha de internet tem sites com milhares de seguidores como o We Heart It e o Lista Amiga e foi ao #smwRio compartilhar um pouco de suas experiências internéticas. Se a proposta era falar sobre o inglês e o português, a resposta ficou bem clara: faça o site na língua do seu público. Bom, já dizia o filósofo Wittgeinstein “os limites da minha linguagem denotam os limites de meu mundo” como só falo português e espanhol, meu público está aí.
Impressionante é o fato de os chineses (ah, os chineses!) fazerem uma versão made in china do site de Fábio Giolito, dê uma espreitada e veja o que acha: http://weheartit.com/ (original) http://www.topit.me/ (made in china) SENSACIONAL OU REVOLTANTE?
Mesa (pra que mesa?) 4:
Título Oficial: Na frente
Meu Título: Quando faltar palestrante, chame o Eduardo Jacome.
Participantes:
Edson Mackeenzy (Videolog)
Eduardo Jacome (Global Sport Network)
Ana Erthal (ESPM/RJ) como moderadora.
Tá aí a última mesa. Na esquerda Videolog, no meio moderadora e na direita AÊ! Essa foto embaçada é minha mesmo, é que sou míope..
Quem achou que a mesa 4 fosse ficar muito aquém porque faltaram 3 palestrantes, eis que é convidado para a mesa o Eduardo Jacome que roubou a cena e deu um show de simpatia. Ao seu lado estava Edson Mackeenzy do videolog e na mediação Ana Erthal . Com um papo informal, foram pensadas as relações com os clientes das redes sociais e como reforçar a marca diante deles. Como casos de estudo estavam o novo site de esportes AÊ e o Videolog, que sofre por ser confundido com o youtube.
Findadas as mesas, o saldo do dia foi extremamente positivo. Quinta-feira tem mais e infelizmente será só.
Vinícius Antunes, deseducador. @cacofonias
Rio de Janeiro, 22 de setembro de 2011